O Instagram de cada um… e o meu Instagram

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Todo ano aparece uma rede social aqui, outra ali. Umas vão, outras perduram bastante, outras não dão certo nem sob tortura (abrazo  pro UOLKUT). Mas desde que entrei no tal do Instagram, posso dizer que essa passou a ser a minha preferida. Mais até que o Facebook.

Eu sou louco com foto. Principalmente foto de natureza, de paisagem, de lugares e de pessoas (não posadas). Nada comunica mais do que uma bela imagem. E o Instagram é divertido por isso. Você não tem apenas “amigos” ali. Você tem pessoas que você segue e se você as segue (ou se não segue) é porque gosta (ou não gosta) do que ela publica como fotos periodicamente. Cada um tem seu jeito de ver o Instagram. Tem uns que só postam fotos de comidas. Outros dos filhos. Outros das baladas. Outros do caminho entre a casa e o trabalho. Outros fazem quase um diário de viagem. Enfim, cada um se diverte do jeito que gosta e isso pode ser ajustado com um simples “seguir” ou “des-seguir”.

Eu demorei, mas já descobri minhas preferências ali: gosto de publicar, uma ou duas vezes por dia, alguma foto que eu tenha curtido bastante em viagens que fiz em algum momento da vida ou que tirei em Brasília mesmo. Quase sempre são fotos velhas. Não são do dia. Não gosto de aparecer nessas fotos. Tento publicar alguma foto que se destaque pelas cores, pelo cenário ou por algum ângulo diferente. Nem sempre dá certo. Mas gosto de tentar e me focar nisso. No começo, eu queria só ter meus “amigos” me seguindo. E vice-versa. Mas depois mudei completamente minha percepção sobre o meu jeito de usar o Instagram. Hoje sigo algumas premissas – que, claro, podem mudar – no meu relacionamento com essa rede. É assim, ó:

1) Se você quer interagir com gente na mesma vibe que você, faça a mesma coisa. Siga pessoas com fotos do mesmo estilo. No meu caso, sigo, por exemplo, o My Travel Gram, que premia as melhores fotos do dia. Ou o perfil da National Geographic, que dispensa apresentações. Tem alguns caras que eu descobri ao longo do tempo que acho muito legais. Um tal Black Raven posta fotos no estilo noir, nitidamente trabalhadas. Mas acho fascinante. Tem um maluco que só posta fotos dos telhados de casas de Vladivostok, na Rússia. E outro, que se chama The Nomad Barber, que retrata cidadãos comuns cortando os cabelos nas ruas de todo o mundo.

2) Colocar as marcações corretas é fundamental para atrair seguidores. Se você faz uma foto do deserto do Saara, além de marcar os tradicionais sites que promovem as melhores fotos do dia (My Travel Gram, Instagram Web Hub, Travelingram, só para citar alguns), identifique o local. Coloque #africa #saara #desert. E vá além. Identifique adjetivos, em inglês ou português ou qualquer idioma, como #beautiful #nice ou mesmo substantivos descritivos como #landscape #natureza e por aí vai. Muita gente procura fotos no Instagram com esses termos todos os dias. Dê uma busca no Google com “most common hashtags in Instagram“, que você vai encontrar uma série delas que ajudarão muita gente a acessar e eventualmente curtir suas fotos. Lembrando que o Instagram não permite mais de 30 marcações.

3) Spammers: perfis com fotos de mulheres gostosas falando “check out my pics” ou “get 10K followers” me seguindo? Bloqueio e denúncia na hora.

4) Bullers ou Trolls: segundo as regras de qualquer manual de bom comportamento nas redes sociais, caras que ficam repetindo provocações sem sentido e ávidos para bater boca ou te irritar, devem ter seus comentários apagados sem dó. Sujeitos assim nada acrescentam ao seu mundinho virtual. Se o cara insistir em sua missão de ser desagradável, faça um favor a ele: bloqueie-o.

5) Não sigo quem tem milhares de seguidores e não segue ninguém: há perfis que podem ter as melhores fotos do mundo, mas se os caras têm tipo 30 mil seguidores e seguem 10 pessoas, não vejo isso como um bom sinal de interação. Ele não tem obrigação de te seguir, mas se há uma desproporção nessa relação seguidores / seguindo, pode ter certeza que ele não terá o menor interesse nas suas fotos. Trate-o da mesma forma.

6) Não poste demais: não tem nada mais irritante do que um cara que posta 10, 15 fotos por dia. Pior: em sequência. O cara vai pro aniversario da tia e tira foto de todas as crianças e guloseimas do convescote. Tô de autas!!! #block.

7) Dentre os meus potenciais seguidores “desconhecidos”, eu não sigo quem tem muita foto caseira, sem sentido (claro, se essa não for a sua vibe): se a pessoa é amiga minha, eu obviamente tenho interesse em acompanhar o crescimento do filho dela ou vê-la em momentos banais. Mas, com todo o respeito, não tenho a menor disposição de acompanhar a rotina burguesa de um adolescente noruguês que aparece em 140% das fotos que ele publica fazendo careta na sua conta de Instagram – alguém já viu o Instagram do Neymar? A verdade é: se a sua proposta no Instagram é publicar fotos conceituais, de natureza e etc, siga perfis parecidos. De novo, no meu caso, amigos e pessoas próximas são a exceção para essa diretriz.

Dito isso, posso estar completamente errado em tudo o que escrevi. Mas é minha humilde percepção.